Andamos desesperados à procura de sinais, perguntamos a milhares de amigos pela sua opinião, pensamos mil vezes no mesmo assunto e andamos à roda, às voltas e mais voltas. Eu sou uma overthinker nata, algo meu desde sempre, penso demasiado em tudo, quando tenho de tomar uma decisão quase que hiperventilo.
É difícil conseguir ouvir o teu instinto quando tens tanto barulho à tua volta, e por barulho, refiro-me à vida que corre mais rápido que Usain Bolt, passa assustadoramente depressa, mas fazes um minuto de prancha e o tempo parece que para. É tão curioso como a nossa percepção do tempo é tão relativa, como se sente de forma tão diferente consoante o que ocorre na nossa vida, às vezes super rápido, outras vezes não passa, quando na realidade é sempre igual, o relógio não muda de velocidade, apenas gira e gira, e a vida corre e corre…
A vida passa muito rápido mas existem momentos para fazer uma pausa, e não com um kit kat, existem momentos que queremos parar e outros que somos obrigados a parar.
No meu caso se eu já penso 24/7 normalmente quando sou obrigada a parar, acho que realmente analiso toda a minha vida ao detalhe. Não é bom, e não é saudável, continuar a análise em exaustão, pois não vais a lado nenhum a pensar sempre no mesmo, sem mudares nada, para que possas ter um pensamento mais conclusivo ou para que deixes de pensar nisso.
Tens muitas formas saudáveis, e outras não tão saudáveis de todo, para baixar este volume dos pensamentos da vida e de tudo à tua volta. Começando com as não saudáveis – as drogas, um clássico que ajuda a dar um zone out automático e sentes que vais para outro universo paralelo, onde já nem te lembras dos teus problemas. Outra das categorias mais famosa e legal – o álcool, que a única coisa que te trás é uma ressaca horrível no dia seguinte. Poderia encontrar mil e uma maneiras tóxicas de esquecer os problemas mas não é disso que realmente quero falar.
Existem sempre outros caminhos e alternativas de coisas boas que realmente podem ajudar-te a sentir melhor. Penso sempre como se fosse uma maneira de aliviar a dor, porque no fundo estar sempre a remoer pensamentos torna-me prisioneira de mim mesma, e essa ansiedade transforma-se em dor, em agonia.
Às vezes pode ser tão simples como ir dar uma volta, fazer algo que gostes ou estar com alguém que te faça sentir bem mas quando nada disso te provoca alguma coisa, então tens de descobrir outras formas para baixar esse volume, eu encontrei isso no yoga e nas montanhas. Essas são as coisas que realmente sinto como se fosse uma terapia para mim.
Mas todos os dias, tenho descoberto outras formas que me ajudam igualmente, tais como: cozinhar, limpar, ler, escrever, fazer exercício, dançar, ver a lua, ouvir música, arranjar-me…
Podemos sempre encontrar alguma forma de estar melhor connosco mesmos, só não podemos deixar de a procurar.
Bloom with love.
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