Aprender com a pandemia

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O que aprendemos com a pandemia, o nosso processo:

REFLECTIR, GANHAR CONSCIÊNCIA, VALORIZAR, CONECTAR E APRENDER

Reflectir

Quando somos obrigados a parar e temos tempo extra que antes não dispúnhamos, conseguimos ver e analisar além das preocupações do dia a dia, refletir em algo superior a nós. Só com este tempo para abrandar é que conseguimos aprender profundamente as lições que o mundo nos tem para ensinar. 

Ter tempo para ouvir os sinais, o que está dentro de nós, a nossa intuição. Pensar nos nossos hábitos. Seja aquilo que consumimos, seja com o que gastamos o nosso tempo.

Quantas vezes passamos demasiado tempo a fazer scroll nas redes sociais durante horas?

Se antes da pandemia tínhamos mais possibilidades para estar presencialmente com alguém, fazer uma visita a um amigo ou familiar, apanhar um avião para onde quer que fosse, não tínhamos o tempo necessário, ou não fazíamos por ter tempo suficiente? Ou seria apenas uma questão de dinheiro, de disponibilidade e de vontade. Porque onde existe vontade tudo o resto vai surgindo.

A pandemia vem nos relembrar que tudo tem o lado bom e o lado mau, e por isso devemos trabalhar para ter um equilíbrio entre os dois lados. 

Ganhar Consciência

Nada é garantido. 

As coisas não vão ser como eram antes, e não pode voltar a ser tudo igual, ao continuarmos a cometer sempre os mesmos erros. Por isso, devemos aproveitar para reformular ao máximo o nossos hábitos, e isso só acontece com reflexão e capacidade de adaptação, mais que provado que todos a temos basta fazermos um esforço.

A pandemia vem nos relembrar, que precisamos e devemos estar bem individualmente, de forma a contribuir para o bem-estar coletivo. Cada um de nós faz parte de algo superior, seja lá isso o que for. Todos contribuímos para algo maior, para todos. 

Ás vezes, precisamos de perder a noção do tempo para nos encontrarmos. Estar conscientes com o que refletimos anteriormente e como podemos ser melhores. Pensar nos nossos hábitos e na forma como consumimos, muita das vezes inconscientes e irresponsáveis, não só para a nossa carteira mas principalmente para o meio ambiente. 

Ao sermos consumistas deixamos de dar tanto valor às coisas,  pois existe sempre mais e mais para tentar preencher o vazio que muitas vezes sentimos. 

Valorizar

O simples acto de dar um beijo a quem mais gostamos passou a ser algo incerto, o que dávamos por garantido passou a ser algo que já não é seguro e aí realmente damos o valor ao pequenos gestos de amor da nossa família, dos nossos amigos, poder abraçar, tocar, receber carinho…

“Só damos valor quando perdemos”

Infelizmente é uma frase tão certa como o céu ser azul. É importante aplicar o acto de agradecer diariamente não só quando alguma tragédia acontece.

Agradecer é valorizar o que temos, e temos tanto que não damos conta, a nossa própria saúde é tão valiosa, o serviço nacional de saúde que apesar das partes negativas que tem a melhorar está à disposição de todos, a nossa liberdade por viver num país seguro e livre de dictadura, ter uma casa e comida na mesa, são imensas as coisas mais simples e básicas que não nos damos conta e não damos valor.

Com tudo isto damos mais valor à casa que nos acolhe, ao nosso planeta, ao ar puro da rua e os raios de sol que aquecem a pele. E acabamos por dar mais valor a nós próprios, porque percebemos que tendo uma to do list gigante ou não ter nada para fazer, aquilo que fazemos com o nosso tempo só depende de nós. 

Conectar

Connosco mesmos. Com o nosso espaço, a nossa casa. Conectar com os outros. Conectar com o planeta e com o sentimento de pertença. Aprendemos que conectar, ou reconectar com alguém, é muito mais que estar com ela.

 Quantos de nós aproveitaram este momento para falar com pessoas que não falavam há meses, até mesmo anos? 

Este tempo permite-nos reflectir no que é realmente importante para nós, o tempo para nós próprios, para a família e amigos. Entendemos o que importa, o que nos faz bem e o que não queremos abdicar.  

Aprender

De tudo isto, cada um de nós tem as suas lições aprender. Não queremos voltar a ser engolidos pelo dia-a-dia tóxico do passado, não nos podemos permitir continuar a fazer escolhas inconscientes, por mim, por ti, por nós e pelo ambiente.

Não podemos voltar a entrar na nossa bolha, no nosso mundinho do Ego e egoísmo, onde nos esquecemos que cada ação individual tem um impacto e consequências no futuro do planeta, direta ou indiretamente, simplesmente porque tudo está conectado. Nada que não soubéssemos, apenas tiveram que nos relembrar. 

Temos que aprender de uma vez por todas. “Só eu não faço diferença”, é a maior mentira que temos dito a nós próprios.

Bloom with love.


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