Q: What is creativity?
A: The relationship between human being and the mysteries of inspiration
Elizabeth Gilbert, escritora americana, alavancou a sua carreira com o livro best-seller Eat Pray Love em 2006 que chegou até às livrarias e cinemas de todo o mundo.
O livro “Big Magic – Creative Living Beyond Fear”, em português “A Grande Magia – Descubra a criatividade e viva em pleno” surge em 2015, após um longo percurso no mundo criativo, a autora partilha a sua jornada, na primeira pessoa, de forma encantadora e divertida, tal como o mundo criativo.
O livro é dividido em 6 partes: Courage; Enchantment; Permission; Persistence, Trust, Divinity
Começa por explicar, como temos que ter a coragem de olhar para os tesouros escondidos dentro de nós, porque todos temos tesouros escondidos dentro de nós, prontos para serem descobertos, se tivermos a coragem de olhar para dentro e lhes dizer que sim.
Viver uma vida criativa não significa que temos que nos tornar poetas ou pintores, é num sentindo mais abrangente. É viver uma vida motivada pela curiosidade e amor, em vez de pelo medo.
Porque o medo, esse velho amigo, o medo vai sempre aparecer, e é até ativado pela própria criatividade.
Por isso, é muito importante compreender o medo que precisamos, do medo que não precisamos, porque ele vai sempre existir numa tentativa de nos proteger, mas pode acabar por matar a nossa criatividade, e isso ninguém deveria de querer, mesmo quem não tenciona ganhar a vida no mundo criativo.
Porque viver uma vida criativa bem vivida é leve e divertida, em vez de dolorosa ou em sofrimento.
Mas o que são e de onde veem as ideias que nos permitem viver no flow criativo? São pura magia inexplicável:
“And when I refer to magic here, i mean it literally. Like, in the Hogwarts sense. I am referring to the supernatural, the mystical, the inexplicable, the surreal, the divine, the transcendente, the otherworldly. Because the truth is, I believe that creativity is a force of enchantment – not entirely human in its origins” pág. 34
A autora, defende que as ideias surgem para além da capacidade humana, que elas próprias tem vida e que não nos surgem por acaso. Relata diferentes histórias de como as ideias entraram e saíram da sua própria vida e como se tem relacionada com elas, ao longo da sua vida criativa como escritora.
A magia de uma vida criativa é incrível e possível se estivermos disponíveis a jogar o jogo, de uma forma leve e divertida.
Para quem me conhece bem, sabe que a história do Harry Potter tem um significado muito especial na minha própria história. Recentemente, cumpri o sonho de viajar pela Inglaterra e tive oportunidade de viver muitos momentos mágicos. Partilho mais sobre esta história, em exclusivo, no podcast Sentido B.
Para não matar a sua própria criatividade e devoção à arte de escrever histórias, Elizabeth Gilbert, durante muitos anos não dependeu do seu trabalho criativo para pagar as contas. Não colocou a pressão financeira em cima da sua criatividade, e assim consegui manter-se conectada com as ideias que lhe surgiam, demorassem o tempo que demorassem, porque não tinha pressa, nem a urgência das contas para pagar. O que lhe poupou uma grande dose de sofrimento e miséria. Evitou trazer as sombras do dia-a-dia para o mundo criativo das infinitas possibilidades, mantendo-o leve, genuíno e divertido.
Definir o que significa sucesso para a nossa vida, assim como a diferença entre carreira e devoção, são conceitos fundamentais que devemos organizar na nossa mente. Porque para preservar o amor pela arte, seja ela qual for, muitas vezes precisamos de uma carreira que sustente a nossa vida mundana, e isso é apenas a realidade.
São muitas as lições que a autora partilha sobre o seu percurso pelo mundo criativo, e a viver uma vida apesar do medo.
“The essential ingredientes for creativity remain exactly the same for everybody: courage, enchantment, permission, persistence, trust – and those elements are universally accessible. Which does not mean that creative living is always easy; it merely means that creative living is always possible.” pág. 158
Ter a coragem de assumir quem verdadeiramente somos e o que queremos fazer.
Viver a vida com encantamento, vendo a magia nas pequenas coisas que nos escapam por distração.
Darmos permissão a nós, à vida e às ideias que chegam até nos.
Persistir no caminho que sentimos ser para nós, sem grandes pretensões.
Confiar. Confiar que o que é para nós, virá. O que é para ser, será.
Nem sempre é fácil viver uma vida criativa, mas viver uma vida onde não vemos infinitas possibilidades para transformar a nossa realidade é ainda mais difícil, e dolorosa.
Fica o convite para leres este livro e mergulhares na Grande Magia. Disponível na WOOK em português, e em inglês. (Links afiliado, ao comprares através deste link estarás a contribuir para o crescimento deste projeto)
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